domingo, 26 de julho de 2009

Reflexão...



“ É preciso manter o pensamento flexível, a fim de que as idéias preconcebidas e convicções antigas não roubem a oportunidade de obter conhecimentos novos e mais amplos . Devemos estar sempre prontos a expandir a mente e a descartar qualquer idéia, mesmo que firmemente enraizada se, sob uma experiência mais ampla, surgir uma verdade maior. “


Edward Bach.

Considerações sobre doentes e cura...



Sabe-se que cada um é responsável por sua “doença”, ou seja, quando o corpo físico age contra os princípios do Eu Superior do indivíduo, ou quando faz-se algo que o agride, ele se manifesta através de algum distúrbio físico na intenção de demonstrar que “este não é o caminho certo”. A enfermidade revela-se aos nossos sentidos por estados afetivos ou emocionais em desequilíbrio, que constituem os sintomas. A doença é o resultado de um conflito que surge quando a personalidade se recusa a obedecer os ditames da alma e há desarmonia entre o Eu Espiritual e a personalidade inferior, que é como nos conhecemos.

Conforme Edward Bach descreveu, as verdadeiras doenças fundamentais do homem são defeitos como o medo, o orgulho, a crueldade, o ódio, o amor-próprio exagerado, ignorância, a instabilidade, a ambição, etc.. São a origem e a base de todo o sofrimento e aflição humanos. Cada defeito produzirá um conflito que, se não tratado ou trabalhado ainda quando em nível mental, irá refletir-se no corpo físico produzindo seu tipo próprio e específico de distúrbio. Cada sintoma é uma mensagem a ser decifrada com imparcialidade, lógica e razão.

Uma vez que o indivíduo cura-se de dentro para fora, isto é, dos órgãos mais importantes para os menos importantes, dos mais vitais para os mais superficiais, dos corpos sutis para o físico, a verdadeira cura trata-se de eliminar o fator energético que levou este quadro a atingir o corpo físico. Dr. Edward Bach (1886 - 1936) já dizia que “a doença serve para nos fazer parar de praticar ações ou pensamentos errados”. Este aprendizado, na verdade, deveria dar-se no plano mental, salvando-nos do sofrimento físico, mas a maioria das pessoas não o conseguem. E assim, a doença serve para nos trazer ao caminho da compreensão. A doença poderia ser evitada se pudéssemos ouvir a voz do Eu Espiritual, se vivêssemos em harmonia com nossa alma e nenhuma lição severa seria necessária .

Não estamos todos aprendendo a mesma lição ao mesmo tempo. Um está dominando o orgulho, outro, o medo, outro, o ódio, e assim por diante, mas o fator essencial para a saúde é que aprendamos a lição que nos foi destinada, aquela com a qual nos comprometemos num nível superior. O que importa é que vivamos em harmonia com os ditames de nossa alma. A saúde pressupõe liberdade interior, ou seja, depende da harmonização com os mandamentos interiores, assim como do estar de acordo com nosso Eu Espiritual. Nossa alma nos coloca num determinado estágio da vida que melhor se ajusta à nossa evolução e onde melhor possamos aprender a lição necessária, e qualquer que seja nossa posição, é necessário unicamente cumprir aquele trabalho estabelecido para nós. Assim tudo fluirá bem.

A enfermidade é uma oportunidade de vida. Não é algo negativo, mas sim uma expressão manifesta de um defeito a ser corrigido para seguir em frente o processo de evolução no sentido da perfeição. Desta maneira nos obriga a parar para pensar, a questionarmos os fatos e nossas ações, a integrarmos e a crescermos.

Ou seja, a doença :
· não é um mal a combater e sim um benefício a compreender;
· é consequência de um conflito;
· é produto da ação de fatores pessoais e transpessoais;
· não é material em sua origem.
· Nela não há nada acidental - a maneira como se manifesta, o órgão ou a função que é afetada não são obra da casualidade e sim da causalidade.

A doença é o resultado do mau pensamento e da má ação e cessa quando a ação e o pensamento são corrigidos. É aí que entra a Terapia Floral, pois equilibrando corpo físico e corpos sutis, ajuda a prevenir doenças ou a tratá-las, harmonizando a pessoa e evitando sofrimentos criados por ela mesma. Segundo Bach, “a ação das essências florais é elevar o nível vibracional e abrir canais para a recepção do Eu Espiritual de cada um, ‘inundando nossas naturezas’ com aquela virtude que necessitamos para eliminar a falha que está causando a desarmonia”.
A Terapia Floral vem para mostrar que o sofrimento não é necessário e que podemos evitá-lo compreendendo-nos melhor, sem que precisemos punir-nos por ações erradas que vão contra nossa alma. Se pudermos curar os erros no nível mental antes que afetem o corpo físico aprenderemos que a vida é infinitamente boa e que só nos que fazer aprender e evoluir. Estamos aqui para crescer e ajudar a crescer sempre aprendendo com os acontecimentos. Suprimi-los ou ignorá-los é a principal causa de todas as doenças que nos rodeiam.

Dr. Edward Bach




Edward Bach nasceu em Moseley, vilarejo perto de Birmingham na Inglaterra em 24 de setembro de 1886. Assim como sua família, proveniente do País de Gales, era um amante da natureza. Desde criança, o sonhador e idealista Edward Bach sempre chamou atenção por sua capacidade de concentração e sua grande determinação.

Médico bacteriologista renomado, patologista e imunologista, criador de vacinas, entrou em contato então com os ensinamentos de Samuel Hahnemann, o criador da Homeopatia, descobrindo sua genialidade ao curar guiado mais pelos sintomas mentais que pelos físicos. Passou então a combinar suas descobertas através das pesquisas com as bactérias intestinais com os métodos da Homeopatia, preparando vacinas que demonstraram resultados maravilhosos, administradas por via oral. Passou a entender melhor os mecanismos de cura e a melhora do indivíduo como um todo.

Decidiu deixar tudo em 1930, para dedicar-se à busca, na Natureza, do sistema de cura que idealizara desde criança e que lhe parecia estar próximo. A Homeopatia não estava longe, mas também não era exatamente o que Bach procurava. Deixou portanto a rendosa clínica na famosa Harley Street e seus dois laboratórios em Londres, o conforto e um lugar de destaque na sociedade médica londrina para dedicar-se àquilo que acreditava. Assim como recomendava Paracelso, Bach acreditava que o médico deveria estudar a natureza ao vivo, para perceber a interação constante do cosmo em todos seus aspectos.

Sem muitos recursos em meio à floresta em que foi viver, começou a observar as plantas nativas do local e a testá-las no que sentia que pudessem agir. Experimentou o orvalho das flores em si mesmo e estudou seus efeitos sob o estado emocional.

Bach, nos elucida em 1931, em Cure-se Sozinho que “a menos que a profissão médica compreenda estes fatos e progrida com o crescimento espiritual das pessoas, parece bastante possível que a arte de curar passe para as mãos das ordens religiosas ou das pessoas que verdadeiramente nasceram capacitadas para curar e que existem em todas as gerações, mas que passam a vida despercebidas e impedidas de seguir sua vocação natural, devido à atitude dos profissionais ortodoxos.

O médico do futuro terá dois grandes objetivos. O primeiro será o de ajudar o paciente a conhecer a si mesmo e indicar-lhe os erros fundamentais que pode estar cometendo, as deficiências de seu caráter, que deverá corrigir, e os defeitos de sua natureza, que precisa eliminar e substituir pelas virtudes correspondentes. Tal médico terá de ser um grande estudante das leis que governam a humanidade e da própria natureza humana, de modo a que possa reconhecer, em todos os que o procuram, aqueles elementos que estão causando um conflito entre a Alma e a personalidade”.

Desenvolveu em 6 anos 37 essências mais a fórmula composta que denominou Rescue Remedy.

Em outubro de 1936, disse que sua obra estava criada e faleceu enquanto dormia (parada cardíaca), 19 anos após ser diagnosticado com câncer. Seus discípulos seguiram divulgando sua obra.